Desde o fim do ano passado a Santa Casa de Mauá está realizando cirurgias cardiovascular de vários tipos, como a revascularização do miocárdio, recuperação valvar dentre outras, as quais foram efetivadas com sucesso através das parcerias entre os profissionais das equipes médicas da instituição, equipe multiprofissional e a equipe do cirurgião cardiovascular Prof. Dr. Lucas Barbieri que atua nos principais Cardiológicos Hospitais de São Paulo, realizando cirurgias dos recém-nascidos, crianças, adultos e também nos procedimentos percutâneos (“sem cortes”).
A doença da artéria coronária é uma das maiores causas de morte e de sequelas cardiovasculares no mundo, as medidas preventivas são fundamentais para estabilidade da progressão da doença, mas ainda não conseguiram erradicá-la.Os grandes vilões da sua progressão é a ingestão de alimentos ricos em gordura, que obstruem as artérias com o acúmulo de placas na parede do vaso, além de outros fatores multifatorial.
O procedimento é recomendado nos casos de estreitamentos, obstrução na artéria coronária – responsável por irrigar as partes importantes do miocárdio e gerando assim uma diminuição do aporte sanguíneo da região afetada. Essa obstrução prejudica o transporte de nutrientes e oxigênio o que provoca dores no peito, baixa resistência ao esforço físico ou infarto do miocárdio.
Segundo o especialista, a cirurgia de revascularização do miocárdio, popularmente conhecida como ponte de safena, ou, a intervenção percutânea com colocação de Stent ( mola) alivia os sintomas que os medicamentos não são capazes de controlar, além de prolongar a expectativa de vida e garantir melhor qualidade. “A revascularização do miocárdio cria um novo percurso para o fluxo sanguíneo nos locais que sofrem com a aterosclerose – estreitamento ou entupimento das artérias – responsáveis pela irrigação sanguínea do miocárdio”, explica.
A veia safena é o mais comum material utilizado para a construção desse novo percurso que pode ser retirada da perna, também podem ser usados enxerto arteriais mais nobre com ateria torácica interna e outras artérias do corpo para confecções de pontes a fim de levar o sangue oxigenado ao músculo do coração (miocárdio). Após quatro a seis semanas a maioria dos pacientes pode retornar a algumas atividades rotineiras como: trabalho, exercícios e viagens.
Já a reoperação valvar é indicada para o paciente submetido à cirurgia cardíaca, que necessita de uma nova intervenção ao longo da vida. Um exemplo é a troca da prótese valvar biológica, que tem uma durabilidade variada conforme a idade precisando ser substituída. Esse procedimento pode ocorrer até 10 anos depois da colocação da válvula nos pacientes jovens e cerca de 20 anos nos idosos (estimativa). Na primeira recuperação valvar o risco é considerado baixo, o que pode alterar a condição é o estado clínico do paciente. A partir da segunda há risco progressivo, relacionado as novas intervenções .
A prótese valvar mecânica pode durar a vida toda ou apresentar um índice de reoperação muito menor, desde que o paciente faça uso correto do anticoagulante oral, indispensável nesses casos. A falta da medicação pode comprometer o funcionamento da prótese e resultar em uma troca de válvula mecânica, além de outras complicações graves e fatais.
Lucas Barbieri MD PhD FMUSP.
Cirurgião cardiovascular e torácico.
https://www.drlucasbarbieri.com.br